sexta-feira, 4 de maio de 2012


COMO TUDO ACONTECEU LÁ EM CIMA PARA FALANGEIROS DE YORIMÁ

                     - Vamos falar da Umbanda agora nega: "Essa magia linda, essa conquista gloriosa que Zambi nos confiou, que nós, vossos ancestrais, lutamos tanto para que esse espaço na Aruanda fosse consagrado. A Umbanda é o estandarte de ouro, o qual levantamos como simbolo da libertação do período a que muito espíritos enraizados pela terra passaram. Falo da escravidão do espirito, escravidão da alma, escravidão de toda ordem, onde o atraso mental dos espíritos humanos imbuído de vícios, com ódio, inveja, obsessões entre outros que se expressão na ingratidão ao Pai Maior Onipresente,.
                   - Muitos de nós perambulávamos nos campos santos, nos terreiros de candomblé, em busca de saber qual o nosso lugar, já que não tinha colheita, já que não tinha quilombo, e assim seguíamos de lugares em lugares sempre perto dos nossos entes queridos, percebemos então, que passávamos muito tempo,  assombrando nossos   familiares, obsediando eles, mesmo que com carinho (risos) até que chegou o momento de nos reunirmos em grupos para  procurar pelo resgate do sagrado  dentro de nós mesmos, pois nossa essência sagrada havia se perdido com o egoísmo e os vícios da humanidade. 
                 - Ajoelhamos e pedimos em oração para que Zambi atendesse nosso pedido, e atendeu! (risos, muitos risos) Juntamos nossa experiencia com as ervas, com os matos, com a vida na terra e passamos a ajudar os vivos. Foi ai que os Mestres Ancestrais Anciãos nos acolheram, e ajudaram com ensinamentos a aperfeiçoar a magia da cura medicinal. Trabalhamos tanto, que os vivos melhoravam seu espirito, irradiavam mais luzes e faziam o passamento, "vixe", em grandes quantidades... minha mãe.   
            - Nossos amados Mestre Anciãos, nos separavam conforme nosso conhecimento, e organizaram escolas de aperfeiçoamentos de técnicas, porque muitos espíritos desencarnados permaneciam com suas moléstias, e precisávamos atende -los com curas magnéticas nos seu corpos espirituais, tanto para os vindo de passamentos, quanto os que voltavam ao planeta pelo processo de encarne, o qual contribuíamos.
               - A labuta era tanta que não tinha um espaço organizado para desencarnantes, que estavam sobre a nossa égide, foi assim que foi concedido um grande plasma elaborado por várias formas pensamentos da falange que se formou de pretos velhos, trabalhadores da ceara de Zambi; e o nosso espaço foi consumado, um território de trabalho na aruanda, pois muitos morriam e  perambulavam pelos campos santos. Foram criados hospitais de recuperação, e escolas de aprendizagens que nós passamos a dar aulas aos que chegavam para trabalhar mais tarde.                             - No plano cósmico foi retirada as essências para tratar e educar os espíritos, e com o passar do tempo a renovação impulsionou uma grande falange de pretos e pretas velhas a  baixarem nos terreiros de Umbanda afim de expandir o trabalha, mas com o reconhecimento de uma cultura milenar que a nossa magia sagrada irradia pelas esferas espirituais. Com o reencarne, daqueles que já haviam cumprido com seu papel aqui na Aruanda, nós que ficávamos acompanhávamos todo seu trajeto para que em algum momento, acendesse a lembrança de sua vida em espirito e dessa forma passasse a cumprir com a lei Karmica de ser um médium Umbandista.  
 Esse texto, foi ditado por um preto velho, muito querido e com muita vontade de comer pé-de-moleque.
Não disse seu nome, não sei bem se era o Vô Jerônimo, mas acho que sim. 
De qualquer forma muito obrigada Vô, Muito obrigada Deus,
Os ensinamentos do alto, faz com que a gente se reconheça. 
Faz com que a gente ame mais ainda nossa Umbanda !!!
Axé a todos!!!!
Luana 


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